Uma análise da teoria marxista


[Esse texto foi feito para um trabalho escolar do Ensino Médio, perdoem o baixo nível.]

Uma das principais considerações que nós podemos fazer sobre Marx, é a respeito do polilogismo. A crença marxista de que a classe social mudaria conceitos biológicos e que seu modo de pensar seria afetado, causa espécie mesmo dentro do marxismo.

Se lembrarmos de que Engels era um burguês industrial, dono de fábrica e que era a partir dos ganhos da fábrica que Marx se sustentou durante inúmeros anos, que o próprio assinou uma obra como o Manifesto Comunista, isso só pode significar duas coisas. Ou o polilogismo está errado, ou o Manifesto seria uma representação do pensamento burguês.


Apesar disso, Marx apresenta em suas teorias uma essência completamente verdadeira, que grande parte da humanidade é constantemente explorada, mas as suas conclusões partem de uma base errônea.

Marx estava certo ao falar que grande parte da propriedade inicial capitalista deve-se a saques, pilhagens, anexações, roubos no geral, mas erra ao acusar que mesmo em um capitalismo “limpo”, ou seja, em que o capital inicial foi formado através de trabalho e poupança haveria exploração. Marx acreditava que o sistema capitalista de produção promovia uma sistemática exploração das forças de trabalho, baseado na teoria do valor-trabalho, que diz que a quantidade de trabalho adicionada em um bem é o que define o seu valor, quanto maior a quantidade de trabalho, maior o seu valor.

A partir disso Karl Marx teorizou a “Mais-Valia”. Para Marx, o salário de um proletário valia “X”, ao trabalhar cinco horas o empregado produziria 5X, a essa diferença de 4X entre os custos que o empregado gera e a produção final Marx chamou de “mais-valia”.

O que Marx nunca entendeu foi a influência do fator tempo nos processos de mercado, a diferença entre um empregador e um empregado reside basicamente na espera.

Um capitalista nada mais é que um empregado que acumulou capital durante algum tempo e agora o dispõe para investir, muitas vezes o capitalista usa o trabalho de uma vida para abrir o seu próprio negócio, ou até pior ele é obrigado a pedir emprestado o capital para tal ato. Sendo assim, não há nada de imoral, ou exploratório no ganho da “mais-valia”, ou como costumamos chamar do lucro.

 Ao se basear quase que por completo nos estudos de David Ricardo sobre valor-trabalho Marx acaba cometendo outro erro. Como demonstrado pelos economistas austríacos o valor é algo que se dá através das preferências pessoais dos indivíduos. [1] Por exemplo, imagine que um indivíduo está perdido em um deserto há dias e consigo carrega um diamante lapidado, após dias de caminhada ele encontra um oásis, o dono do oásis só permite a sua entrada se o nosso indivíduo der o diamante para ele. Isso é algo que não faria sentido na teoria do valor-trabalho, pois ao trocar o diamante pelo o acesso ao oásis os dois teriam que ter o mesmo valor, logo ambos teriam o mesmo trabalho adicionado, mas um oásis é uma dádiva da natureza e logo não houve trabalho nenhum agregado a ele. Isso é respondido pela teoria do valor subjetivo, como o valor varia para cada indivíduo de acordo com sua preferência, um humano que permaneça vários dias sem água passará a valorizar mais um copo de água do que um diamante lapidado. E o valor da água estará decrescente a cada gole que o indivíduo der, pois a sua necessidade estará sendo sanada, em suma, as coisas só tem um valor porque os seres humanos as querem, quanto mais indivíduos querem uma coisa mais valor ela terá.

Dessa forma não há sentido algum em falar mais-valia e derivados.

Karl Marx também fez outra importante contribuição no estudo das relações empregador-trabalho, ele acreditava que os capitalistas agiriam em uma espécie de cartel e pagariam apenas um salário de “subsistência” para os empregados como forma de maximizar seus lucros.

Bem, é verdade que como qualquer ser humano os capitalistas querem maximizar seus ganhos e para isso não abririam mão de fazer com que seus empregados trabalhassem em condições análogas a escravidão, do mesmo modo o emprego se pudesse cobrar hum milhão de reais de salário o faria, afinal seres humanos como explicou Ludwig Von Mises em sua magistral obra Human Action, sempre estão buscando sair da situação em que se encontram para uma melhor.[2]

Ocorre que nenhum dos dois pode realizar por completo o seu desejo. Se um empregador resolve pagar um salário de miséria ao empregado, outro capitalista pode vir e pagar um salário um pouco maior e assim sucessivamente como em uma espécie de leilão pela força de trabalho até que o preço dessa esteja próximo ao da produtividade do proletário.


[1] Bordreaux, Don. Valor Subjetivo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u79LlXoF9Z4&feature=plcp>, acessado em: 30 de outubro de 2012
[2] MURPHY, Robert P. Praxeologia - A constatação nada trivial de Mises, disponível em: <http://
www.mises.org.br/Article.aspx?id=230>, acessado em 10 de novembro de 2012.