O problema com a educação pública, gratuita e de qualidade.

Continua épico.


Se você já teve o infelicidade de se deparar com uma manifestação de estudantes da UNE, UJS, UBES, NKVD, pode ter notado que é repetido quase como uma mantra o lema "educação pública, gratuita e de qualidade".

Não importa que 98% dos manifestantes poderiam estar contribuindo para o PIB da nação e assim realmente ajudando os mais pobres, entretanto parece ser mais atrativo causar algazarra, levar cacete da polícia e depois ir contar aos amiguinhos como a ditadura burguesa o oprimiu.

Uma "educação pública, gratuita e de qualidade", significa fazer com que o governo pague os custos que as universidades tem. Em um ambiente privado o que seria custeado pela mensalidade, no estatal será custeado pelo governo. Como o dinheiro do governo não é infinito, ele realizará algumas provas com o objetivo de diminuir a quantidade de gente apta a ter seus estudos pagos.

O grande problema é que o governo não gera nenhum tipo de riqueza. Tudo que o governo tem é o dinheiro advindo dos impostos, isso quer dizer que todo o dinheiro que vai para a "educação pública, gratuita e de qualidade" é na verdade dinheiro de pessoas que trabalharam, produziram, e tiveram o seu dinheiro tomado pelo estado para pagar a educação de alguns selecionados.

Boa parte dos selecionados tem plenas condições de pagar por um ensino superior privado, ao contrário de boa parte da população brasileira que com seus impostos paga por essas universidades e nem sonha em entrar numa dessas instituições. 

E quando entram, é porque estão pagando duas vezes. O que isso quer dizer? Quer dizer que os pobres pagam por seu ensino e ainda tem que  pagar o ensino dos ricos.  Pagam sua faculdade privada e ainda são obrigados a sustentar a universidade pública. 

É algo tão absurdo e imoral que é de espantar como pessoas que se dizem defensores do proletariado  apoiam com tanta convicção essa política. 

O próprio Karl Marx condenava o ensino superior gratuito alegando que seria pago por todos, mas seria um instrumento usado apenas pelas elites. Mas relevemos, se algum marxista realmente tivesse lido Marx não era marxista. 

E ainda tem o problema princiapl. As universidades estatais são um poço de ineficiência. A USP tem um orçamento maior que o PIB de vários países pequenos, e mesmo assim não produz nada. Quando foi a última vez  que você viu uma pesquisa  brasileira sendo publicada em períodos científicos internacionais? Ou quando um aluno de qualquer universidade brasileira se destacou a nível internacional como acontece comumente em Harvard, Yale, Princenton, etc? 

Não só isso, como em algumas áreas (Publicidade, Economia, Direito, etc.) as melhores faculdades são reconhecidamente as privadas.

Isso decorre do fato que as universidades brasileiras não seguem as leis de mercado. Elas não se preocupam em abrir mais vagas para Engenharia (que é atualmente o que mais tá em falta no país) enquanto que cursos como Filosofia, Sociologia, Pedagogia tem vaga sobrando.

Por que isso? Porque universidades públicas não se preocupam em atender as demandas dos consumidores e sim em atender os desejos do grupo de pressão mais forte.

Como podemos resolver esse problema? Simples, fazendo com que cada um pague apenas por sua universidade. Hoje, 47% do valor da mensalidade é de impostos, que vão justamente para custear a educação de outros.

Ao tirarmos esse peso, mais pobres poderão entrar na universidade, ricos também continuarão entrando e a sociedade como um todo ganha mais.